Paris sobre trilhos: roteiros fantásticos a partir de Paris

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Jardin Du Luxembourg

Erroneamente, o título do livro pode levar a crer que se trata de desvendar a cidade de Paris a partir do metrô ou do RER.  Não se trata disso. A autora, Ina Caro, é apaixonada pela cidade, que não tirou da cabeça até adquirir um apartamento por lá. A partir daí, passou anos viajando para a França e, nesse livro, detalhou 25 passeios bate-e-volta cujo ponto de partida é Paris, utilizando como critério o fato de que nenhuma localidade deveria estar a mais de 90 minutos da cidade luz.

Até aí, tudo igual aos guias de turismo tradicionais, mas o interessante foi a maneira como ela organizou esse pequeno tesouro. Ina Caro é historiadora especializada em história francesa medieval e moderna e organizou os capítulos do livro em ordem cronológica, iniciando-se por castelos medievais dotados de ameias e fossos que, a cada capítulo, vão sendo paulatinamente substituídos por palácios rodeados de espelhos d’água, tornando as mudanças arquitetônicas – pelo menos para nós, leigos – compreensíveis do ponto de vista histórico e das necessidades de quem habitou os prédios.

Tem também igrejas e em alguns pontos, o livro abre exceção ao plano inicial, para incitar o leitor a explorar também lugares igualmente interessantes localizados em Paris mesmo, como os Jardins de Luxemburgo. Minha vontade de vender todos os bens e comprar uma passagem somente de ida pra França só aumentou no decorrer do livro, o que me obriga a desrecomendá-lo fortemente se você não tem uma viagem mais ou menos em vista nos próximos anos a Paris.

Bom, eu não tenho. Na verdade, quando li o livro, Paris tinha sido meu último destino visitado na Europa, o que me faz sofrer até hoje de ansiedade de visitar pelo menos uns 3 lugares imperdíveis de que ela fala.  Vamos a eles?

IDADE MÉDIA

– Catedral de Saint-Denis

– Catedral de Chartres

– Catedral de Reims

– Louvre

– Fortaleza de Angers

– Sainte Chapelle

– Château de Vincennes

– Orléans

– Rouen

Desses aqui, só conheço o Louvre e a Saint Chapelle. Adoro o Louvre além do museu extraordinário que ele é. O prédio é maravilhoso, os detalhes arquitetônicos também são notáveis, ainda que possam passar despercebidos no meio de tanta coisa bacana. Para se ter uma boa ideia do que ele já foi, recomendo que você visite o subsolo do museu, onde se encontram as muralhas romanas do antigo castelo  preservadas e os Apartamentos de Napoleão III, sobrinho de Napoleão Bonaparte (o parentesco é contestado, mas isso é uma outra história), Imperador do Segundo Império francês (também uma outra história).

A Saint Chapelle é uma gracinha, como diria a finada Hebe, de uma delicadeza que emociona. Não esperava muito dela, talvez por achar que a Notre-Dame seria a estrela do dia, mas achei as duas pau-a-pau. Vale a pena cada minuto perdido tentando encontrá-la (ela fica pertinho da Notre-Dame, no interior de um outro prédio, o Palais de la Cité).

RENASCENÇA

– Tours

– Château de Blois

– Fontainebleau

– Hôtel de Sens, Place des Voges e Jardins de Luxemburgo

– La Rochelle

Do período renascentista, conheci a Place des Voges (linda; à primeira vista, não tão bonita, mas quando a gente chega no centro da praça, vê a simetria traduzida em beleza. As arcadas escondem várias surpresas) e os Jardins de Luxemburgo, adoráveis e, talvez, o lugar ao ar livre mais bonito de Paris na primavera e no verão, todo florido).

SÉCULO XVII

– Château Vaux-le-Vicomte

– Château de Versailles

– Château de Maintenon

Versailles é lindo, vale a pena gastar um dia por lá, isso todo mundo sabe. Mas a surpresa que o livro traz é que a Ina praticamente assegura que o Vaux-le-Vicomte é muito, mas muito mais bonito que o Château mais famoso. O rei praticamente construiu o Versailles depois de ter visto e invejado o Château do seu ministro de finanças. Foi lá e quis fazer um mais bonito ainda, contratando o mesmo arquiteto, mas o bom gosto do seu ministro era imbatível, assim como seu Vaux-le-Vicomte. Não sei se é verdade, mas tenho uma vontade IMENSA de verificar in loco :mrgreen:

SÉCULO XVIII

– Palais-Royal, Hotel Carnavalet, Hôtel de Soubise, École Militaire, Panthéon e Place de la Concorde

– Petit Trianon

– Conciergerie

Panthéon vale  a visita naquela sua segunda ou terceira ida à Paris e é impossível não conhecer a Place de la Concorde, ao menos de passagem, logo na primeira vez na cidade.

IMPÉRIO E RESTAURAÇÃO

– Malmaison

– Compiègne

– Chantilly

A menos que você more em Paris, a França toda é sempre uma enorme lacuna nos seus planos de viagem. Não importa quantas vezes você esteve lá!

 

 

 

 

 

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One Response to “Paris sobre trilhos: roteiros fantásticos a partir de Paris”

  1. Antonio disse:

    Li o livro e o comentário sobre o Vaux-Le-Vicomte também me chamou atenção.

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