Engenhoca: opção para crianças em Aquiraz

Há tempos estou devendo um post sobre a Engenhoca. Digo devendo porque foi uma surpresa bacana desde a primeira vez em que estive lá e não conheço praticamente ninguém de fora que tenha visitado o lugar; no máximo ouviu falar, quando muito. Fortaleza é um destino que naturalmente atrai famílias por conta das praias. Muitas vem conhecer o carro-chefe, o Beach Park. Mas pouca gente sabe que bem pertinho, no mesmo município, Aquiraz, está localizada a Engenhoca, excelente passeio de um dia para famílias.

Engenhoca é uma propriedade de uma família cearense tradicionalmente produtora de cachaça, daí o nome que remete aos engenhos de cana-de-açúcar. O sítio foi transformado em um parque voltado aos esportes de aventura com foco no público infantil (mas com várias atrações que podem ser utilizadas pelos adultos). Particularmente, gosto muito de lá (assim como meus filhos, de 4 e 7 anos). Quando a gente fala em esportes de aventura, imagina que eles precisam estar maiores para aproveitar, mas recomendo muito para crianças pequenas. Devo ter levado o Felipe lá desde que ele tinha 1 ano e ele sempre curtiu bastante.

O que você vai encontrar na Engenhoca:

– O Museu do Engenho Colonial, com peças do antigo engenho da família, que dão uma ideia de como era fabricada a cachaça. Conta com visitas guiadas às 10h, 11h, 13h, 14h, 15h e 16h. Essa informação é de março de 2014, é sempre bom verificar possíveis alterações.

Espaço infantil, para crianças pequenininhas. Tem uma casa na árvore (mas bem baixinha) que faz o maior sucesso.

Tirolesas (quatro, sendo duas delas com extensão de 280 metros, sem idade mínima, mas para crianças com no mínimo 20 kg e limite de 120 kg; outra somente para crianças a partir de 3 anos, com extensão de 60 metros; outra com skate, para crianças a partir de 4 anos e máximo de 70 kg).

Arvorismo, para crianças com altura mínima de 1,15m acompanhadas de um adulto; a partir de 1,25m, podem ir só. O peso máximo é 120 kg. Muitos adultos aproveitam essa atração.

Aerojump, para crianças a partir de 3 anos, peso máximo: 90 kg.  Para você, que como eu, não está ligando o nome à pessoa, é aquele brinquedo que é um mistura de cama elástica e equipamento de trapezista, onde as crianças são amarradas e puxadas para baixo. As amarras feitas de elástico fazem o resto, transformando a experiência em um pula-pula gigante.

Caiaques e pedalinhos: as crianças maiores de 7 anos podem ir sozinhas (em equipamentos individuais com capacidade para 80 kg). Para os pequenininhos, tem os equipamentos duplos, com capacidade máxima de 200kg.

Autoescolinha é uma pista que conta com uns veículos que eles chamam de kartciclos (uma espécie de kart com pedais), para crianças a partir de 5 anos, máximo de 100kg. As menores podem ir na garupa dos pais.

Minigolfe é para crianças a partir de 4 anos.

- Bola d’água: a criança fica dentro da bola, que flutua na água. A própria criança vai girando a bola. A partir de 4 anos, limite de 90kg. Meus filhos nunca foram nesse. Sinto uma leve agonia em ver a criança dentro da bola transparente girando sobre a água e nunca os estimulei muito…

Sapão – uma veículo aberto, que dá uma volta pela propriedade. Não tem limitações, mas penso que os maiores não acham muita graça. O percurso chega até as dunas em que ficam aquelas torres eólicas da Prainha, que podem ser vistas da estrada do Beach Park. Do outro lado da duna é a praia :mrgreen:

Como se pode  ver, na maior parte das atrações não há limite para a diversão dos adultos, à exceção do peso.

Reservar um dia da sua viagem para a Engenhoca não é de jeito nenhum demasiado, pode apostar que as crianças vão querer ir várias vezes nas atrações. O que nos leva à necessidade de entender a sistemática da cobrança pelo uso das diversões.

Como funciona:  a entrada é gratuita para crianças com até 1 metro de altura. A partir daí, existem duas opções: ou você compra o Pacote Aventura, por 60 reais para adultos e 55 reais para crianças, ou adquire o Pacote Conhecer, por 16 reais para adultos e 8 reais para crianças e jovens até 17 anos (ou portadores de carteira de estudante, de qualquer idade).

O Pacote Aventura engloba praticamente todas as atividades do parque, ficam de fora apenas o passeio de Sapão e, segundo o site, o Zorb Ball, que eu não vi funcionando na última vez em que estive lá.

Já o Pacote Conhecer é apenas o ingresso no parque e você paga individualmente apenas as atrações em que for, que vão sendo registradas em um cartão de consumo, junto com os alimentos.

Particularmente, acho o Pacote Conhecer suficiente para crianças com até 4 anos de idade, pois elas vão passar um bom tempo em atrações gratuitas, como o parquinho de areia. Além disso, possuem um ritmo próprio, menos acelerado. Em dias mais lotados, as filas acabam deixando o processo de equipagem para as tirolesas mais lento e os pequenos acabam não tendo paciência para ir várias vezes.

Lá tem um restaurante que tem pratos a la carte e também no quilo, com alguns pratos regionais, outros mais, digamos, universais, para agradar diferentes paladares. A comida não é excepcional, mas variada, e resolve bem a vida de quem vai passar o dia lá. Por sinal, o Bar Alambique é estrategicamente posicionado, ao lado do Espaço Infantil, permitindo aos pais que fiquem à base de petiscos, sombra e cerveja gelada, enquanto os pequenos curtem os brinquedos.

Pontos positivos: é bem cuidado, bem sinalizado, arborizado, aconchegante e é diversão garantida. Acho a equipe atenciosa e diligente com relação à segurança. Crianças podem levar bicicleta.

Ponto negativo: não há aluguel de carrinhos.

Onde fica: Rua Raimundo Coelho, 200 – Centro – Aquiraz.

Horário de funcionamento: de quarta a domingo e feriados, de 9h30 às 17h.

Cartões aceitos: Visa, Master, Diners, Amex, Hiper e Elo.

Como chegar

De carro: se você estiver hospedado em Fortaleza, terá a opção de seguir direto pela CE-040 até Aquiraz. Chegando a Aquiraz, siga na direção do Centro Histórico e procure as placas indicando a Igreja Matriz. Assim que avistá-la, entre à direita, passando por trás da igreja e vire à esquerda na primeira rua. Logo você verá a entrada do parque. Caso esteja hospedado no Porto das Dunas (Beach Park), deverá seguir pela CE-025, no sentido contrário a Fortaleza, direto até Aquiraz.

Sem carro: vi no site do próprio parque que eles indicam aqui um transfer de confiança. Entretanto, não testei esse serviço.

Culinária grega em Londres: The Real Greek

O The Real Greek foi uma bela surpresa gastronômica que tivemos em Londres. Encontramos a indicação no pequeno mas eficiente guia Top 10 Londres (na minha opinião, essa série, editada pela Folha de São Paulo – dos conhecidos guias Eyewitness – resolve praticamente tudo em uma primeira visita a uma cidade). A gente queria ir até o Hoxton e ele aparecia no topo da lista naquela região. O restaurante fica numa rua pacata e residencial. O que não sabíamos é que ele é um restaurante de cadeia, informação que provavelmente nos teria feito desistir do local por puro preconceito, o que só comprova que a ignorância é realmente a mãe da felicidade! Esse foi o melhor restaurante que conhecemos em Londres. Não tivemos tantas experiências, mas o Fifteen, do Jamie Oliver, por exemplo, nos agradou bem menos. O ambiente é simples, agradável, com várias referências à Grécia e convida você a ficar várias horas no restaurante, esquecido de qualquer animosidade que possa ter a tensa relação entre gregos e moedas europeias fortes ;p A comida grega é maravilhosa e tivemos uma experiência divertida e memorável. Daquelas que o sujeito nem pensa em repetir pra não estragar a lembrança, sabe? Começamos pedindo um vinho tinto italiano da região do Piemonte. Estava divino e totalmente de acordo com a refeição que viria. Na parede do restaurante, havia uma breve explicação de um excelente hábito grego: “comer fora e compartilhar a comida é tão importante quanto a comida em si.” Concordo. MUITO. Você conversa, bebe, conversa, come, desfruta de sabores e troca ideias e experiências com seus amigos: um dos melhores programas que há! Perdoem o cartaz torto, mas eu já devia ter repetido essa sequencia várias vezes e a imagem não é outra coisa que não fruto da autenticidade do momento. Aliás, esse momento não é nenhuma exclusividade grega, é bem universal, mas os gregos tem a palavra para isso, conforme o cartaz: parea. Estávamos com outro casal, o que permitiu que a gente pedisse itens do cardápio que são, na verdade, uma combinação de vários pratos gregos, para provar um pouco de cada sabor. Pedimos dois desses menus degustação: o Anatolian Menu e o Peloponnese Menu. Como imagens dizem mais que palavras, mais que um clichê, é uma ótima desculpa para passarmos para as imagens.

Peloponnese Menu

Peloponnese Menu

Eram enormes! Seria fava?!

Eram enormes! Seria fava?!

 

Delicioso homus decorado com grão-de-bico

Delicioso homus decorado com grão-de-bico

Charuto de folha de uva

Charuto de folha de uva

Espetinho

Espetinho

 

National Portrait Gallery: iniciando Londres com o pé direito!

national portrait gallery

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não faço segredo pra ninguém: amei muito, muito Londres. Foi uma única visita, mas com aquela mensagem interior, não compartilhada, de que voltarei infinitas vezes, tantas quantas as oportunidades da vida e o bolso deixarem. Curioso que a minha ida à Turquia em 2011 incluiu uma conexão em Londres, totalmente não-programada, como alternativa à alteração que o voo da Iberia havia sofrido. Pensando nisso, meu pé direito em Londres se deu não quando fui visitar a cidade no ano seguinte, mas no momento dessa conexão desastrada, quando tive uma hora  e meia pra sair de Madri e trocar de avião em Londres com destino a Istambul e a saída de Madri atrasou 45 minutos, me fazendo imaginar que não haveria cristão no mundo (ou seria muçulmano?) que evitasse a perda da conexão. Mas, Alá (e a eficiência britânica) foram bonzinhos comigo e deu tudo certo. Excelente início de relacionamento com a cidade que tanto me cativou.

Em 2012, minhas férias começaram desanimadas, pois perdi logo o primeiro dia de viagem por conta da greve dos pilotos da TAP que atingiu minha saída de Fortaleza. Chegamos na cidade no que seria o dia 2 da viagem, o que me fez querer torna-lo produtivo. Escolhemos, então, começar por um museu relativamente pequeno e não muito distante do hotel, já que o cansaço do voo nos acompanhava naquele primeiro dia, fatalmente reservado para descompressão.

Nesse clima de cansaço, fomos à National Portrait Gallery, que é um museu pequeno e não nos exigiria muito física ou mentalmente. O acervo do museu reconta a história da Inglaterra por meio de retratos. Caso você tenha acompanhado a série The Tudors, vai verificar in loco que Jonathan Rhys Meyers foi uma licença pra lá de poética da figura do Rei Henrique VIII. Esse é o início lógico da visitação, no último andar, e daí você vai descendo as escadas até os dias atuais, passando dos retratos em pintura a óleo para as fotografias coloridas, tudo reunido como se fosse uma grande Revista Caras, principalmente nas figuras dos dias de hoje: muitas celebridades do Reino Unido estão lá. No final das contas são todas celebridades, reais ou não, e essa mistura deixa perceptível o amor que os ingleses tem pela realeza. Eles adoram aquilo ali.  O acervo conta com muitas fotos icônicas, que reconhecemos de outros carnavais.

Num dado momento da visita, comecei a ouvir Seven Nation Army, primeiro baixinho e à medida que avançávamos pelos corredores, o som ia aumentando, até que chegamos numa espécie de átrio, onde havia um dj e um bar de champanhe e espumante. GENTE. Essa música é uma das minhas preferidas, das mais animadas no rock, que me dá vontade de dançar e me deixa alto-astral no ato, o que me rendeu um Momento Mastercard logo no início da viagem.

O National Portrait Gallery não é imperdível, mas é interessante e melhor ainda, gratuito. O museu tem uma programação de mostras temáticas que você pode acompanhar aqui.

Quem estiver indo até o dia 5 de janeiro de 2014, verá uma exposição dedicada à Rainha Elizabeth I e suas roupas extravagantes. Além dos retratos, a mostra traz algumas peças do guarda-roupa da rainha.

De sábado a quarta-feira funciona das 9h às 18h e às quintas e sextas, estende o horário até às 21h (sendo a última entrada até 45 min. de fechar).  

Fecha entre os dias 24 e 26 de dezembro.

Localização: 2 St. Martin’s Place WC2

Telefone: 020-7312 2463

Metrô: Leicester Sq e Charing Cross

 

 

Como é o Blue Tree Park Búzios

 

Justamente na semana em que Brigitte Bardot entrou no twitter e já foi logo reclamando dos que usam seu nome para vender de tudo (confiram abaixo o print screen), eu desembarcaria em Búzios, a praia brasileira mais associada a uma figura pública estrangeira de que eu possa me lembrar.

“Cansada de ter minha identidade usurpada para vender qualquer coisa, eu nunca pus os pés nesse apartamento!”.

“Cansada de ter minha identidade usurpada para vender qualquer coisa, eu nunca pus os pés nesse apartamento!”.

Búzios foi diversas vezes vendida tendo como garota-propaganda a atriz famosa, que tem lá sua dose de razão. Mas, rabugices à parte, em minha opinião Búzios nem precisaria de garota-propaganda, quiçá mal criada.

Naquilo que interessa, continua igualzinha: praias lindas, boa gastronomia e muita badalação nos bares, restaurantes e boates espalhados pelo seu centro. Mas foi exatamente aquilo que é novidade que eu fui conhecer dessa vez. Viajei a convite do  Blue Tree Hotels e da TAM. A cadeia Blue Tree Hotels assumiu há pouco mais de um ano o hotel que antigamente era administrado pela rede Breezes, localizado na Praia de Tucuns (ao lado da vizinha famosa Geribá).

Praia de Tucuns vista do hotel

A estrutura física continua a mesma. Chamou-me a atenção a piscina principal, que por ser bastante comprida, praticamente acompanhando toda a extensão dos apartamentos,  faz com que eles fiquem a uma pequena distância dela, com a vantagem adicional de nunca ficar muito muvucada, em razão da dimensão. E olha, eu vou dizer, estando com crianças, é excelente o quarto poder ficar perto da área de lazer, pois fatalmente a gente fica o tempo todo indo e vindo do quarto.

 

Tem mais duas piscinas, uma privativa dos bangalôs, já na beira da praia e com borda infinita.

 

A outra piscina é privativa dos apartamentos Premium Double.

 

Sim, você sai da varanda do seu apartamento direto pra piscina.

Fiquei em um desses apartamentos Premium Double (ou Duplo Premium, como estão anunciados em alguns sites). São espaçosos, limpos e acomodam bem um casal com dois filhos pequenos. Até 11 anos, duas crianças ficam no quarto dos pais, sem custo adicional, em um sofá-cama. O apartamento é composto por dois cômodos – um deles fazendo às vezes de sala e cozinha e o outro, o quarto propriamente dito. Cada um dos cômodos tem uma varanda conectada com a piscina. O sofá-cama fica na sala, dando alguma privacidade pra quem fica no quarto.

 

 Da outra vez em que havia estado em Búzios, numa era pré-blog, fiquei numa pousada, nota 10 em charme, porém fraquinha em equipamentos para diversão. Dessa vez, não pude dizer o mesmo. Tem quadras de tênis e futebol e aulas trapézio para crianças e adultos, em turmas separadas.

 

Tem também pista de skate e um espaço para golfe. Mas achei uma pena o arvorismo estar desativado, minha filha adora.

 

 

Outra coisa que eu sei que ela curtiria bastante seria a parede de escalada dentro da piscina.

Notem que há uma separação para as crianças menores não passarem para a parte funda. Curti.

IMG_5730

O hotel conta ainda com kids room, sala de jogos, videogames e um boliche com três pistas. Para os mais crescidinhos, o hotel conta com SPA em que são oferecidos vários serviços – queria ter experimentado, mas não deu tempo. Os serviços são cobrados à parte.

IMG_5667

 

Tem, inclusive, uma sala para fazer massagem a dois.

 

Achei a academia bem equipada e o horário bem abrangente: fica aberta das 6 da manhã às 21 horas.

No geral, gostei do hotel, pelas facilidades que ele oferece para quem não gosta muito de ficar parado num canto só (eu!!). Além de ter a opção de não fazer o pacote com pensão completa (você pode optar por pensão completa, meia-pensão ou somente café da manhã), dando liberdade para que a gente possa zanzar pela Rua das Pedras, em Búzios,  ainda oferecem o transfer a cada hora, o que pode ser mais positivo do que estar de carro. Búzios fica lotada em determinadas épocas e se você estiver de carro, fica bem complicado, pois não há tantos lugares onde estacioná-lo. A vantagem de estar imune à lei seca nem precisa mencionar…

O hotel tem um toque oriental discreto que lhe dá um charme e alguns quartos tem uma aparência aconchegante vistos de fora. Só acho que o paisagismo aconchegante poderia se espalhar por todas as áreas do hotel.

 

O wifi é cortesia (ponto pro hotel!), o estacionamento é gratuito e todos os apartamentos são não-fumantes. Fiz algumas simulações no Booking, no Venere, no Hoteis.com e no próprio site do hotel e achei os preços dos pacotes com pensão completa em finais de semana comuns (sem ser feriado) bem interessantes para minha configuração familiar (casal e duas crianças abaixo de 11 anos).

Pontos altos: o atendimento em geral, o conforto dos quartos, o Restaurante Moshi Moshi, japonês cobrado a parte, e o SPA – que eu não experimentei, mas achei lindão! Adorei também o esquema do transfer, que tem frequências a cada hora: a partir das 13h e nas horas ímpares seguintes, saem vans para a Orla Bardot, que fica na área central de Búzios, partindo a última van às 21h. Nas horas pares, a empresa faz o transporte de retorno ao hotel. Aos sábados, tem uma frequência extra, partindo do hotel às 23h e retornando à meia-moite. Uma super mão na roda pro hóspede que está sem carro ou quer tomar umas. Os transfers (inclusive o Rio-Búzios-Rio) são operados pela empresa Tour Shop Búzios, que tem uma lojinha dentro do hotel (e onde você já pode acertar sua volta ao aeroporto, se for o caso).

Pontos baixos: se você gosta de unir o útil ao agradável, ou seja, aproveitar também o fato de estar na praia, pode se decepcionar um pouco, pois o mar daquele trecho de praia é bem mexido. Também senti falta de atividades ligadas a esportes náuticos, talvez o mar agitado seja a razão. Se eu iria de novo? Certamente! Da próxima vez, com as cobaias-mirins, para me dizerem o que acharam!

 

Viajamos a convite do Blue Tree Hotels, em parceria com a TAM e tivemos o apoio da Tour Shop Búzios. Esse blog preza pela credibilidade. Não se trata de publicidade paga e reflete a experiência da autora e sua opinião.

Adoro falar mal da TAM!

 

Confesse, você também. Reconheça que não é só da TAM, mas de qualquer companhia em que você voe com certa frequência. É uma questão matemática, de probabilidade. Em algum momento, a companhia com a qual você viaja fatalmente pisará na bola. Por trás do logo, estão seres humanos, propensos à falibilidade naturalmente, assim como eu e você.

Embora o título expresse uma verdade que acompanha todo ser viajante, quero falar de um fato positivo que aconteceu comigo. Pensei dias e dias se eu deveria escrever sobre ele, já que ocorreu justamente quando eu fazia um voo a convite da TAM. Acabei capitulando, pois repassando os fatos na minha cabeça, vi que não teve nada a ver com a passagem ser ou não uma cortesia da TAM. Aconteceu em terra, eu já havia me despedido da funcionária da TAM que me acompanhou nessa viagem ainda no Aeroporto Santos Dumont e eu não havia me identificado pra ninguém no Galeão, pra onde eu prossegui e onde o fato se deu. Dessa forma, considerei válido dividir com os meus leitores.

Mas, antes, preciso contar uma história ocorrida dois anos antes, para que vocês entendam a dimensão do que aconteceu comigo: eu estava de saída da Turquia, já na fila de imigração, aguardando minha vez, quando uma mulher cortou a fila e passou. Depois, uma criança e um adolescente, que presumi, deveriam estar com ela. A mulher me pareceu grávida. Mesmo sabendo que esses direitos não se replicam mundo afora, me compadeci e abri passagem para todos.

Daí, veio uma família inteira, um senhor, com duas mulheres e crianças e tentou passar.  Eu já reagi em inglês, dizendo que era nossa vez e barrei a passagem. Instalou-se a confusão, pois o homem me xingou muito, eu respondia que não ia deixar passar e pronto, pois estava ali há algum tempo, o homem apontava para os meus cabelos descobertos e longos e coisa bonita não devia sair da boca dele. Ele não falava turco, nem entendia meu inglês, uma confusão só.

Resumindo a história, o agente de imigração não falava inglês, mas o senhor da minha frente, que era turco, sim. Explicou a situação ao agente, que me atendeu primeiro. Pronto.

O que eu quero demonstrar é que fila, pra mim, é um dogma. Dito isso, volto ao dia 29 de setembro de 2013: estava voltando pra casa, fiz o check in sozinha no totem de autoatendimento e me dirigi à fila, quase inexistente naquele momento e fui ziguezagueando entre os cordões de isolamento vazios.

Nesse momento, uma funcionária da TAM diz: “Senhora, por aqui!”. Eu olhei, tinha uma família inteira atrás do ponto onde ela indicou para eu ingressar na fila. Olho, meio confusa, e me dirijo para ficar atrás da família, quando a funcionária atalha, ainda mais firme: “Aqui, senhora! É que eles cortaram caminho e passaram na sua frente, mas seu lugar é aqui”. Ou seja: os 4 ou 5 membros daquela família haviam feito um caminho mais curto e eu nem vi, de cabeça baixa. O sorriso amarelo deles pra mim foi priceless! Ficaram quietinhos, talvez por terem sido flagrados furando a fila. Dessa vez, eu sequer havia percebido.

Eu achei o máximo! Quem me conhece, sabe como eu odeio espertinhos de plantão, como sofro com isso, pois parece que só a lógica inversa funciona aqui no Brasil. Sou daquelas que fala e se aborrece com o desrespeito descarado de pessoas. Muitas vezes, pessoas estão no mesmo voo que você, mas teimam em se levantar e correr pra fila, mesmo que a categoria chamada para embarque não seja a delas, no melhor estilo colar-colou, como disse numa conversa no dia anterior a Clarissa Donda, do blog Dondeando por aí.  Cabe aos funcionários da companhia barrar esse tipo de comportamento. Como a gente não deve só reclamar das coisas que acontecem, fica, aqui, o meu agradecimento público à funcionária Denise (fiz questão de olhar o nome no crachá), que teve pulso e coragem para impor aos gaiatinho regras de civilidade.

Powered by WordPress | Designed by: WordPress Themes | Thanks to best wordpress themes, Find WordPress Themes and Themes Directory
%d blogueiros gostam disto: