Não faço segredo pra ninguém: amei muito, muito Londres. Foi uma única visita, mas com aquela mensagem interior, não compartilhada, de que voltarei infinitas vezes, tantas quantas as oportunidades da vida e o bolso deixarem. Curioso que a minha ida à Turquia em 2011 incluiu uma conexão em Londres, totalmente não-programada, como alternativa à alteração que o voo da Iberia havia sofrido. Pensando nisso, meu pé direito em Londres se deu não quando fui visitar a cidade no ano seguinte, mas no momento dessa conexão desastrada, quando tive uma hora e meia pra sair de Madri e trocar de avião em Londres com destino a Istambul e a saída de Madri atrasou 45 minutos, me fazendo imaginar que não haveria cristão no mundo (ou seria muçulmano?) que evitasse a perda da conexão. Mas, Alá (e a eficiência britânica) foram bonzinhos comigo e deu tudo certo. Excelente início de relacionamento com a cidade que tanto me cativou.
Em 2012, minhas férias começaram desanimadas, pois perdi logo o primeiro dia de viagem por conta da greve dos pilotos da TAP que atingiu minha saída de Fortaleza. Chegamos na cidade no que seria o dia 2 da viagem, o que me fez querer torna-lo produtivo. Escolhemos, então, começar por um museu relativamente pequeno e não muito distante do hotel, já que o cansaço do voo nos acompanhava naquele primeiro dia, fatalmente reservado para descompressão.
Nesse clima de cansaço, fomos à National Portrait Gallery, que é um museu pequeno e não nos exigiria muito física ou mentalmente. O acervo do museu reconta a história da Inglaterra por meio de retratos. Caso você tenha acompanhado a série The Tudors, vai verificar in loco que Jonathan Rhys Meyers foi uma licença pra lá de poética da figura do Rei Henrique VIII. Esse é o início lógico da visitação, no último andar, e daí você vai descendo as escadas até os dias atuais, passando dos retratos em pintura a óleo para as fotografias coloridas, tudo reunido como se fosse uma grande Revista Caras, principalmente nas figuras dos dias de hoje: muitas celebridades do Reino Unido estão lá. No final das contas são todas celebridades, reais ou não, e essa mistura deixa perceptível o amor que os ingleses tem pela realeza. Eles adoram aquilo ali. O acervo conta com muitas fotos icônicas, que reconhecemos de outros carnavais.
Num dado momento da visita, comecei a ouvir Seven Nation Army, primeiro baixinho e à medida que avançávamos pelos corredores, o som ia aumentando, até que chegamos numa espécie de átrio, onde havia um dj e um bar de champanhe e espumante. GENTE. Essa música é uma das minhas preferidas, das mais animadas no rock, que me dá vontade de dançar e me deixa alto-astral no ato, o que me rendeu um Momento Mastercard logo no início da viagem.
O National Portrait Gallery não é imperdível, mas é interessante e melhor ainda, gratuito. O museu tem uma programação de mostras temáticas que você pode acompanhar aqui.
Quem estiver indo até o dia 5 de janeiro de 2014, verá uma exposição dedicada à Rainha Elizabeth I e suas roupas extravagantes. Além dos retratos, a mostra traz algumas peças do guarda-roupa da rainha.
De sábado a quarta-feira funciona das 9h às 18h e às quintas e sextas, estende o horário até às 21h (sendo a última entrada até 45 min. de fechar).
Fecha entre os dias 24 e 26 de dezembro.
Localização: 2 St. Martin’s Place WC2
Telefone: 020-7312 2463
Metrô: Leicester Sq e Charing Cross