Adoro falar mal da TAM!

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Confesse, você também. Reconheça que não é só da TAM, mas de qualquer companhia em que você voe com certa frequência. É uma questão matemática, de probabilidade. Em algum momento, a companhia com a qual você viaja fatalmente pisará na bola. Por trás do logo, estão seres humanos, propensos à falibilidade naturalmente, assim como eu e você.

Embora o título expresse uma verdade que acompanha todo ser viajante, quero falar de um fato positivo que aconteceu comigo. Pensei dias e dias se eu deveria escrever sobre ele, já que ocorreu justamente quando eu fazia um voo a convite da TAM. Acabei capitulando, pois repassando os fatos na minha cabeça, vi que não teve nada a ver com a passagem ser ou não uma cortesia da TAM. Aconteceu em terra, eu já havia me despedido da funcionária da TAM que me acompanhou nessa viagem ainda no Aeroporto Santos Dumont e eu não havia me identificado pra ninguém no Galeão, pra onde eu prossegui e onde o fato se deu. Dessa forma, considerei válido dividir com os meus leitores.

Mas, antes, preciso contar uma história ocorrida dois anos antes, para que vocês entendam a dimensão do que aconteceu comigo: eu estava de saída da Turquia, já na fila de imigração, aguardando minha vez, quando uma mulher cortou a fila e passou. Depois, uma criança e um adolescente, que presumi, deveriam estar com ela. A mulher me pareceu grávida. Mesmo sabendo que esses direitos não se replicam mundo afora, me compadeci e abri passagem para todos.

Daí, veio uma família inteira, um senhor, com duas mulheres e crianças e tentou passar.  Eu já reagi em inglês, dizendo que era nossa vez e barrei a passagem. Instalou-se a confusão, pois o homem me xingou muito, eu respondia que não ia deixar passar e pronto, pois estava ali há algum tempo, o homem apontava para os meus cabelos descobertos e longos e coisa bonita não devia sair da boca dele. Ele não falava turco, nem entendia meu inglês, uma confusão só.

Resumindo a história, o agente de imigração não falava inglês, mas o senhor da minha frente, que era turco, sim. Explicou a situação ao agente, que me atendeu primeiro. Pronto.

O que eu quero demonstrar é que fila, pra mim, é um dogma. Dito isso, volto ao dia 29 de setembro de 2013: estava voltando pra casa, fiz o check in sozinha no totem de autoatendimento e me dirigi à fila, quase inexistente naquele momento e fui ziguezagueando entre os cordões de isolamento vazios.

Nesse momento, uma funcionária da TAM diz: “Senhora, por aqui!”. Eu olhei, tinha uma família inteira atrás do ponto onde ela indicou para eu ingressar na fila. Olho, meio confusa, e me dirijo para ficar atrás da família, quando a funcionária atalha, ainda mais firme: “Aqui, senhora! É que eles cortaram caminho e passaram na sua frente, mas seu lugar é aqui”. Ou seja: os 4 ou 5 membros daquela família haviam feito um caminho mais curto e eu nem vi, de cabeça baixa. O sorriso amarelo deles pra mim foi priceless! Ficaram quietinhos, talvez por terem sido flagrados furando a fila. Dessa vez, eu sequer havia percebido.

Eu achei o máximo! Quem me conhece, sabe como eu odeio espertinhos de plantão, como sofro com isso, pois parece que só a lógica inversa funciona aqui no Brasil. Sou daquelas que fala e se aborrece com o desrespeito descarado de pessoas. Muitas vezes, pessoas estão no mesmo voo que você, mas teimam em se levantar e correr pra fila, mesmo que a categoria chamada para embarque não seja a delas, no melhor estilo colar-colou, como disse numa conversa no dia anterior a Clarissa Donda, do blog Dondeando por aí.  Cabe aos funcionários da companhia barrar esse tipo de comportamento. Como a gente não deve só reclamar das coisas que acontecem, fica, aqui, o meu agradecimento público à funcionária Denise (fiz questão de olhar o nome no crachá), que teve pulso e coragem para impor aos gaiatinho regras de civilidade.

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9 Responses to “Adoro falar mal da TAM!”

  1. julki disse:

    Liliane, vc me representa!

    um bjo!

  2. Oi Liliane

    Sou inimigos dos furadores de fila também, não furo e não curto esta bagunça nas filas de check-in.
    Quanto a TAM apesar de grande frequência e algumas decepções, para meus voos internacionais é a empresa de minha escolha, acho que em caso de problema fora do Brasil, ter que negociar com a TAM mais fácil do que com qualquer outra internacional. Outro fato é que se não forcom eles, não tenho nenhuma outra empresa nacional que voe para os destinos na Europa e EUA.

    Parabéns à funcionária da TAM pela atitude e respeito.

    @GusBelli

  3. Thiago Parente disse:

    Excelente postura a da funcionária. Concordo com você em gênero, número e grau.

  4. davi disse:

    Comentário teste!!

  5. Marcia disse:

    Olá
    Acabei de ler teu post, e concordo com você sobre termos o que falar das Cia aéreas. Por força do trabalho, a cada 15 dias praticamente cruzo o país, tendo muito o que falar de todas elas, exceto da Avianca, pois nunca viajei com essa empresa.
    Mas hoje vou deixar um depoimento positivo sobre um fato que ocorreu há cerca e 2 semanas. Sempre faço conexão a cada 15 dias em Brasília e sempre espero muito tempo para o próximo voo, tornando um hábito sair para a parte externa, fazer um lanche, ir ao banheiro (os de fora estão reformados e limpos, ao contrário do que encontramos nas salas de embarque) e ir a livraria. Dessa vez, fiz tudo isso e só ao chegar ao banheiro é que percebi que a mochila que tinha em minhas costas não era a minha!!!Nunca fui tão distraída assim, juro!
    Bom, o voo do qual desembarquei seguiria para SP. Já fazia uma hora que tinha deixado o avião. Como estava do lado de fora, segui para o setor de check in e após explicar o fato e suspeitar que a minha mochila estaria no avião em direção a São Paulo ou não (alguém poderia ter tido o mesmo “surto” que eu?), o funcionário prontamente se encarregou de entrar em contato com o pessoal (funcionários da sala de embarque e do avião) e pediu para me dirigir à sala de embarque rapidamente para ver o que teriam conseguido. E qual não foi a minha surpresa de encontrar a minha mochila no portão de embarque, onde devolvi a que eu tinha. Só não sei se o dono(a) percebeu o que havia acontecido. Então, a rapidez dos funcionários da GOL em resolver esse “abacaxi” me deixou muito agradecida, pois na mochila tinha o meu material de trabalho, o que me traria uma tremenda trabalheira se tivesse que embarcar sem ela.

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